sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

[...]










E a vida segue

Mistura suas sensações de querer voltar atras e refazer o novo com o que poderia ser feito no futuro

As cartas
o toque

os olhares
tudo aquilo que sonha ou sente medo se transforma no fim em algo palpável

Pede alento
Esquecimento
Pede carinho e pede paz















[junior ferreira]

sábado, 15 de dezembro de 2012

[...]

















Agora é minha vez de te levar flores
minha vez de sentir saudades.





















[junior ferreira]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

[...]
























O meu lençol amassado tinge de azul
o branco do quarto
o vazio das cadeiras
a nudez que se esquiva pela sala
e tudo aquilo que se esvai em cores
as quais evitamos enxergar.




















[junior ferreira]

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

[...]



















Tudo o que esperei foram as cartas pela manhã
Sua verdade cuspida num papel amassado
feito a margarida que marca as folhas do livro

Contudo, o que de fato recebi foram as confissões que segurava no bolso
junto ao relógio de sua tia-avó
que falecera feito o seu afeto
pendurado ao avesso
numa tarde
rápida
de verão.





















[junior ferreira]

terça-feira, 20 de novembro de 2012

[...]





















Como o avesso
passou pela minha porta de olhos bem abertos
Deixou flores em meu quintal
e correu para longe do muro
levando meu amor no bolso, pelo o amanhã, através das ondas
que só chegarão em Março

















[junior ferreira]

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

[...]

























Deixe a sua imaginação fluir sob a minha intensidade
vicie em meus sorrisos - por mais que eu negue essa atitude -
e me leve para cavalgar em sua garupa, naquele teu cavalo
que cria asas quando precisamos fugir
ou inventar algum lugar apenas nosso.




























[junior ferreira]

terça-feira, 6 de novembro de 2012

[...]


















Entre duas verdades
existe aquela que busco por minha própria vontade
e outra que sai de seus lábios
prefiro a menos dolorida.


















[junior ferreira]

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

[...]


















A paixão que te penetra
é a mesma que me dá forças para levantar da cama
Aquilo que provém do coração
não menos nos preenche, incandesce

Ás vezes o que segue o desconforto do desabafo
apavora, machuca
Contudo, o que de fato destrói
é o cansaço
a fome
tristeza
câncer
ácido cianídrico

























[junior ferreira]

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

[...]

















Convém ao seu desdém
dar sinfonia à ironia que perpetua em sua língua
E por essa razão
exijo aos elementos deste mundo
que comecem a fabricar pílulas
para curar esse desassossego
essa contradição em termos.




















[junior ferreira]

domingo, 21 de outubro de 2012

[...]




















Pimentas vermelhas
tonalizam o resto da cozinha
morrem com o branco das paredes e do teto
Mesmo que a vertigem da tarde apareça num vaso de pimentas
o sol continua o mesmo, o que muda é a essência dos raios
a intensidade com a qual eu sinto a luz.
















[junior ferreira]

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

[...]




















E mesmo com o violão entre as pernas
treinando blues
rock
faço o que eventualmente deveria ser feito
absorvo a harmonia
e me encaixo naquele lugar que alguns nomeiam
solidão


















[junior ferreira]

domingo, 14 de outubro de 2012

[...]


















As cores parecem imagens distorcidas de retratos já guardados na ultima caixa do armário
Mudam o que eventualmente eu consigo me lembrar
Transformam aquilo que se impregnou na cabeça
nossos sonhos
nossa vida
a sua vida
a minha

As cores são sua voz





















[junior ferreira]

sábado, 13 de outubro de 2012

[...]




















E essas palavras que saíram de dentro
evocaram algum sarcasmo

O que eventualmente surge do espanto
surge para ferir a quem o escuta
Se o passado fosse apenas um retrato
de nada valeria nosso presente























[junior ferreira]

terça-feira, 9 de outubro de 2012

[...]

















A chuva sutilmente caia lá fora,
enquanto, normalmente, meu café esfriava à mesa
Veio à tona, a saudade da minha cadela
os dias em que corria descalço pela Rua Tupis
tudo o que eventualmente se transformou nesse tempo impalpável.























[junior ferreira]

sábado, 6 de outubro de 2012

[...]
























E mesmo nessa fossa,
os barulhos enfatizam seu nome,
os rumores enfeitam sua áurea.
E o que existe de fato está contemplado nessa efemeridade do dia,
na vertigem da tarde, nalguma noite veloz.

Em alguma parte alguma.

















[Junior Ferreira]

terça-feira, 2 de outubro de 2012

[...]
















O vento leva à você
as pétalas das flores que brotaram do solo infértil.

O vento traz de você, o cheiro do ultimo banho
e as mensagens que nem mesmo os poetas mais viscerais, sensíveis
conseguem decodificar.
















[junior ferreira]




domingo, 30 de setembro de 2012

[...]



















São os resmungos e barulhos que gritam por aí essa saudade inexorável,
essa ilusão imensurável, um amor que mais se parece com um pedaço de papel amassado escrito eu te amo.






















[junior ferreira]
[...]






















                   Espontaneidade que se revela como a
                   corola da fêmea flor, que geme - em sua percepção auditiva - ao desabrochar a vida
Claro, como outras vertigens que aparecem no resto do dia
e somem pressurosas, deixando sequelas e convertendo a eternidade em alguns poucos minutos

São as horas que nos mostram a verdade
são as horas de sua distância
Aprecio o seus segundos
e invejo a maneira como inventa suas próprias histórias
na medida do seu corpo, no desalinho do seu tempo
























[junior ferreira]

terça-feira, 18 de setembro de 2012

[...]























Se esqueça
E se aqueça pela madrugada com este café
Espere as frestas do sol atravessarem, cortarem o chão pela janela
Iluminando a poeira e as coisas que correm através dos feixes de luz.



















[junior ferreira]

domingo, 16 de setembro de 2012

[...]






















É difícil, mas ainda se alcança o entendimento
do lado cego - aquele mesmo lado que negamos existir quando não queremos enxergar alguma verdade.

Nem que a vida lhe force a vê-lo,
há uma hora na qual os barulhos deixam de ser táteis, e se tornam visíveis.





















[junior ferreira]

domingo, 2 de setembro de 2012

[...]




















Nesse fim de tarde, me pergunto sobre a possibilidade de o sol nascer iluminando
o dia como se fossem quatro da tarde, com a mesma sombra sob cada árvore,
e com o mesmo vento que sopra o rosto
quando ando por aí
sem destino ou compromisso
em minha bicicleta.
















[junior ferreira]

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[...]




















Andam dizendo por aí que os relógios estão mais apressados,
e que a primavera baterá em nossas janelas depois de amanhã.

Contudo, apenas boatos.




















[junior ferreira]
[...]



















Esvazio a mente e viajo por aí, sem compromisso,
Enquanto tomamos aquele café na avenida.
Distração, alguns denominam por assim dizer.

Preocupação, reflexão, solução de problemas,
Desvio de atenção, há muitas coisas envolvidas
Em instantes que desvio o olhar e mergulho em minha mente,
Enquanto discutimos nossos problemas ou dividimos alguma verdade.
















*À minha amiga e companheira Natália Tanure.

[junior ferreira]

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

[...]

























Pode mesmo se perder nesse desalinho - com o qual navego e reproduzo milhões de vezes as minhas caminhadas - por onde tenho habitado. Rotineiro, não deixo de ser por assim, se quer ver dessa maneira.
Seus lábios estão aí do outro lado, secando e se umedecendo - massageando o lábio inferior e o superior - à cada passagem que acompanha e interpreta. 
Veloz, ao seu lado, acomodado em seu ombro enquanto observa que no quarto há apenas um abajur ligado. Sua respiração forte ecoa pelo comodo, perfurando os músculos de quem a sente por perto, densa, se acompanhar de olhos abertos.
Pormenores ficam entre os lençóis, onde os pés se cruzam e se aquecem - esquecem -  pela madrugada afora.





















[junior ferreira]

domingo, 26 de agosto de 2012

[...]





















Vamos por essas estradas
pelas quais já passaram os trilhos do trem
e o mundaréu de areia tapou o túnel que cortava a cidade em seu subterrâneo.

Vamos por essas estradas
por onde ecoam nossas risadas de dez anos atrás
e a derradeira felicidade tornou-se a árvore que crescera sob os montes de terra

Vamos





















[junior ferreira]

sábado, 25 de agosto de 2012

[...]






















São mistérios que nem nossas vértebras exibem.
Pode se curvar, quebrar a coluna, não há quem possa
Ao menos dar vestígios.
Nem mesmo os mais intelectuais, ou estudiosos,
conseguiriam enxergar através dos ossos e imaginar o que punge e aflige.

E o que nos flagela não menos destrói, limita.

























[junior ferreira]

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

[...]




















Volte.
Volte em fé ou em lágrimas.
Vertiginosamente como a fêmea flor, que em sua ausência,
Violenta e colore as minhas mais triviais
Virtudes.


















[junior ferreira]
[...]






















Por um tempo deixei a ausência de lado.
Agora, não menos fria, em si apegada, reaparece.
A ausência sente falta,
Quer brincar,
Rir ao seu lado e de quem a acompanha.

Não mais sozinho na ausência,
Que insiste em estar perto, por perto,
Sempre perto.

Perco-me em sua companhia,
E quando me percebo neste espaço,
A única chama que se acende
É sua suavidade ainda presa na memória.





















[junior ferreira]





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

[...]





















Minuciosamente abro o zíper da minha calça.
Nu apenas,
Ando pela casa e sinto o vento tocar minha pele.

Ainda que perdido em minha nudez, sinto, por toda minha coluna e pernas, escorrer aquela espuma que sai dos cabelos, os barulhos do chuveiro ligado e da água caindo.
Isento de qualquer companhia, enxugo o meu corpo; e se comparado com o resto da casa, minha nudez torna-se algo banal perto
                                          do relógio de parede
                                          e do ventilador de teto





















[junior ferreira]

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

[...]




















E viver por essa mocidade,
Num verão tão efêmero quanto os seus planos.
Faz deste, ainda que vertiginoso, um tempo exímio.





















[junior ferreira]

terça-feira, 14 de agosto de 2012

[...]























Disperso entre faróis que se lançam aos meus olhos,
Ainda que por um momento cego, consigo sumir desse universo veloz.
Lacônico, ao materializar o infinito.
Mesmo nesse simulacro que disfarça o que realmente te acoberta,
Consigo ver fundo nos seus olhos.

Como se diz eu te amo?





















[junior ferreira]

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

[...]

























Tácitos, os meus olhos -  e ao redor - acompanham aqueles movimentos
Desenvolverem-se no palco, iluminado a quem acompanha de longe, da platéia.
A bailarina carrega em sua coluna o equilíbrio, se mantendo
Em coerência desde as pontas dos pés aos ossos, pele, corpo.

Enquanto Bach, incansavelmente ecoa pela casa da vizinha,
A bailarina executa movimentos de intensa ressonância com a música,
Conectando os barulhos às suas coreografias,
Tornando quem a observa, tão flexível e elástico quanto as pernas demonstram ser.






















*Poesia dedicado a um grande amigo e bailarino, Guilherme Fraga.

[junior ferreira]

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

[...]





















Além dos desabafos, o que menos me acalenta numa mesa de bar
São as curvas que a fumaça do cigarro exibi,
Ao fluir desorganizadamente pelo ar.





















[junior ferreira]

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

[...]

























E descobrem-se poeiras nessa noite veloz
Vindas da vertigem do dia.
E os barulhos dos grilos e sapos na beira do córrego - que muitos ainda insistem
Em chamar de rio, talvez algum dia este título lhe caiba bem - nunca cessam.
Juntos a este escarcéu, ideias golpeiam de uma só vez,
Embora apenas uma palavra predomine dentre mil, cansaço.

E se escrever nas cartas que na primavera quero flores,
De-me azuis e vermelhas, violetas talvez;
E sempre traga o Sol,
Para que os fins de tarde não se transformem em apenas um ponto final.




















[junior ferreira]


terça-feira, 7 de agosto de 2012

[...]






















Não quero sentir o vento deste Outono.
O secar das folhas, presenciar não quero.
O que me torna menos cru não é a partida do Sol, pelas cinco da tarde.
Mas a maneira como ele nasce e desabrocha nessa derradeira manhã de verão.
















[junior ferreira]

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

[...]






















Não é uma cela,
É uma sala que se expande, não tem canto, nem onde termina.
Em cada parede há milhares de fotos, lembranças talvez.
Pode-se percorre-la incansavelmente, derrubando os barulhos e a iluminação ininterrupta.
Só não pode retornar ao hall de entrada, nem voltar pelas portas pelas quais passara.
Deixar recados é provavelmente inevitável, marcas automáticas.

As frases vão ficando junto ao corredor que se estende, as paredes que se reformulam no tempo e as pessoas que entram e saem pelas portas - algumas sentam nos sofás e ficam mais tempos que outras - tornam-me memórias e exímias nesse universo descontrolado e infinito.























[junior ferreira]

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

[...]

















Sem esmerilar a boca que se esconde por entre as pernas,
Sorri na mesma ignomínia que os lábios proporcionam.
Flexíveis como o prazer que neles podem se suprir,
Diz-se a incógnita do corpo.

Cona.

















[junior ferreira]

terça-feira, 17 de julho de 2012

[...]














E voltávamos pra casa por aquelas estradas, correndo após a aula,
Andávamos sempre em bando.
Vinhamos pelo caminho que dividia o espaço com os trilhos,
Mas não acabava ali na beira, ia além do túnel.

E por aqueles redores ouvíamos os barulhos da máquina que trasnportava o carvão
E o minério de ferro em seu rabo gigante e magnífico.
Todo aquele brilho que ficava no chão, morria com o resto da tarde
soprando a leve brisa dos dias de céu vermelho.



















[junior ferreira]

segunda-feira, 16 de julho de 2012

[...]













E seus sorrisos vão ficando pelas esquinas,
Por aquelas ruas estreitas, nas quais tomamos uma chuva gelada,
Naquela noite na qual não parávamos de rir
E nem de procurar algum canto para não se molhar tanto.

E assim se esvai alguns de nossos sonhos, por essa mocidade,
junto ao que nos deixa ensopados e ao que nos torna ensolarados.


















[junior ferreira]

segunda-feira, 9 de julho de 2012

[...]

















Disse para eu mesmo que iria comprar chá.





















[junior ferreira]
[...]














Tenho borboletas dentro de mim.
Orquídeas pelo meu tegumento, simbiose.

E se nessa protocooperação evoluimos,
Não seria coerente desfazer dessa minha camisa que floresce em épocas tão específicas.

Coeso, talvez, aceitar que todas essas raízes apodreçam junto ao seu hálito,
Àquilo que na verdade é apenas uma semente,
A qual poucos corajosos nomeiam coração.


















[junior ferreira]







segunda-feira, 2 de julho de 2012

[...]














Lá se vai mais uma vez,
Mais uma história,
Mais uma mensagem.

Aquele abraço, lá se vai.
Tudo se esvai naquele calor que sentíamos juntos,
Nos aquecendo durante as noites geladas.

Lá e de volta outra vez.


















[junior ferreira]

domingo, 1 de julho de 2012


[...]















Se pensar sem chorar, percebe que na realidade os amigos não se vão,
Tiram férias apenas.
Eles estão por aí, distante algumas vezes, mas sempre perto.
















[junior ferreira]

sexta-feira, 29 de junho de 2012

[...]















Vem ver Maria nua no espelho.
Venha ver as borboletas andarem de bicicleta
Na espinha de Maria,
Moldarem o frêmito da sua coluna,
O medo que se reflete a cada olhar.

Venha ver.



















[junior ferreira]

quarta-feira, 27 de junho de 2012

[...]















Traga conversas, músicas, coisas efêmeras.
Não me deixe só nessa mesa de café da manhã,
Monologando, discutindo - quando eu posso - com as cadeiras ao meu redor.






















[junior ferreira]

terça-feira, 26 de junho de 2012

[...]



















A ordem das coisas se altera a cada suspiro...
[...suspiro]

... Embora a ordem das coisas não nos modifique.
Enquanto no canto da sala mora uma formiga,
No canto superior do mesmo lado, habita uma aranha.
E a leitura se esvai mantendo o mesmo contorno, o cansaço aumenta
Na mesma frequência e a cama, lá no quarto, não se altera, me espera.






























[junior ferreira]
[...]




















A ruptura do silêncio desta manhã dá-se pelos
Automóveis que voam lá fora,

Caminhões que mais se parecem Naves Espaciais,
Tremem toda a estrutura do meu apartamento ao passar nessa avenida veloz.



























[junior ferreira]

domingo, 24 de junho de 2012

[...]















De nada serve a indumentária se não conhecemos
o demônio que habita em cada um.





















[junior ferreira]

segunda-feira, 11 de junho de 2012

[...]



















E se não quer saber dos barulhos, que se isole.
Não os ouça, se não for para fazer sentido.

















[junior ferreira]
[...]













É bom ser menino,
é bom ser menina.

Escolha a cor da sua rede e vá para a varanda ver o tempo mudar.
















[junior ferreira]

domingo, 10 de junho de 2012

[...]
















E qual dessas cartas são sinceras?
As que estão sobre a mesa ou aquelas mantidas no coração?

Ainda restam os telegramas que guarda na memória,
E o bloquinho de papel que carrega no bolso, para não perder o que é efêmero.















[junior ferreira]
[...]



















Há uma coesão entre o que achamos e o que de fato é a realidade.
Uma ruptura, contudo, quando a imaginação supera o que não poderia ser criado.























[junior ferreira]





sábado, 9 de junho de 2012

[...]
















E quando vir pela madrugada afora me visitar,
Não se esqueça das flores.

Traga-me flores.























[junior ferreira]

terça-feira, 29 de maio de 2012

[...]
















Sim filho, vá ser infeliz.
Apaixone-se platonicamente.
















[junior ferreira]

segunda-feira, 14 de maio de 2012

[...]















Suas curvas me deixam na saudade,

As seis cordas me transportam para outro mundo,
O seu braço sustenta-se em meu colo.
Sua compatibilidade com o meu mundo, faz de você o que eu mais gosto, o meu violão.























[junior ferreira]

sábado, 12 de maio de 2012

[...]

















Somos voláteis,
Por isso somos voláteis.




















[junior ferreira]

quinta-feira, 10 de maio de 2012

[...]
















Enquanto, rotineiramente, preparava o meu café,
Ouvia lamentações vindas do quarto ao lado - sua avó falecera e meu café estava servido.
























[junior ferreira]

segunda-feira, 7 de maio de 2012

[...]

















E se tudo não se evaporasse junto aos barulhos do dia e ao cheiro de café - que se espalha pela casa.
Teria medo na verdade de me olhar todos os dias pelo espelho e levar, na memória, a minha pele amassada e cansada, que se repete em todas as manhãs.



















[junior ferreira]

quarta-feira, 2 de maio de 2012

[...]













Sorte não é o bastante,
me deseje fé.



















[junior ferreira]

terça-feira, 1 de maio de 2012

[...]



















Sente-se,
Fique à vontade, leia o que quiser.

Tome o seu café e espere por aquilo que lhe mantém vivo,
surgir à primeira golada.























[junior ferreira]

sábado, 28 de abril de 2012

[...]
















Sim, somos livres.
Voe borboleta, voe.



















[junior ferreira]
[...]

















Não menos bilhetes bastam.
Tratar, lateralmente, os fatos é o suficiente
Para enxergar que os sentimentos e o humor assumem-se como vento.






















[junior ferreira]

sexta-feira, 27 de abril de 2012

[...]














Comprarei flores,
para enfeitar o seu café da manhã.

Azuis são as minhas preferidas.
Tulipas, são lindas.

Disse a mim mesmo que compraria orquídeas amarelas.


















[junior ferreira]

quarta-feira, 25 de abril de 2012

[...]













E estes sentimentos destorcidos,
Verdades que se ocultam em palavras pensadas.

Coisas que não menos limita, mas destrói.

















[junior ferreira]

segunda-feira, 23 de abril de 2012

[...]











E se precisa entender a minha alma,
Leia minhas palavras,
Olhe através dos meus olhos,
Ouça pelos meus ouvidos,
Sinta a minha voz.















[junior ferreira]

sexta-feira, 13 de abril de 2012

[...]











Gosto do João Gilberto e Stan Getz,
Da suavidade do agudo da Gal,
Dos sonetos de Florbela espanca - e toda sua indumentária poética, sua coerência e demasiado parnasianismo.

Gosto dos olhares, de tudo aquilo que não acaba e nunca se torna monótono.
Do beijo, da força do abraço eu gosto.

Gosto da saudade em alguns momentos - o que é memorável é eterno, mas fica na saudade, no desejo de ter novamente.

Gosto de meninas e de meninos,
Das esquinas que se desdobram em mil ruas, e nos levam por essa mocidade que por demais me fascina.

Gosto de você.














[junior ferreira]

quarta-feira, 11 de abril de 2012

[...]










Prefiro a palavra Corpo,
quando quero desmitificar toda essa força com a emoção das palavras.

A camisa que rodeia a alma, que se abre em mil botões e mesmo assim não rasgamos esse tegumento, Pele.

Rasgado, como a boca que diz a verdade. Rígido, como o nódulo que se petrifica, Coração.

Mesmo não vendo o tempo, estamos nessa coordenada que nos leva a deterioração, à mocidade efêmera,  velhice,  vertigem. Por finalmente chegarmos a única coisa que temos certeza na vida enquanto matéria, morte.











[...]

[...]












Ainda que a memória falhe, sei que os concretos não a seguram mais.
A antiga casa perto do rio, fora destruída.
Construíram um comércio sobre os destroços.
Lembro-me dos barquinhos de papel que colocávamos no rio em épocas de enchente.
Lembro-me da Chimbica, e suas ulceras de câncer, da Dona Fizinha, de quem tanto tive medo - por pensar que fosse bruxa, e por ser banguela, iria me engolir por inteiro.

Passei um breve tempo da minha infância, neste lugar.
Embora não mais exista, por mais antiga que seja, na memória sempre será a minha casa.


















[junior ferreira]

terça-feira, 10 de abril de 2012

[...]














Sim, acordei por volta do fim da manhã, ainda que quisesse dormir mais - e o meu corpo pedia isso - resolvi levantar. Não tive coragem para olhar as horas - não quero olhar as horas, ora essa.

Neste fato comedido de simplesmente esquecer que existo e que tenho obrigações, me esqueço também de lavar o rosto, de trocar essa cara, e com essa mesma coisa que emolda acima do meu pescoço, consigo ver pessoas - as pessoas também me veem, em outros angulos, pelos olhos dos outros, o que torna tudo mais cômico - sentir toda essa vontade de sorrir quando caminho sozinho e não entender o porquê.

Me pego às vezes nesse silêncio, entre mil gargalhadas internas - uma ou outra conseguem sair.
E pensar que sou louco quando converso sozinho, se de fato o que faz a minha boca se mexer são pequenas partes de outros milhares de diálogos que acontecem ao mesmo tempo dentro de mim mesmo.

Impossível controlar esses impulsos, inimaginável como as coisas não param de se mover dentro da minha cabeça, querendo fazer e absorver tudo ao mesmo tempo. Essa ânsia me suga, me seca e faz com que a minha cara pela manhã, seja a menos iluminada possível.




















[junior ferreira]

segunda-feira, 9 de abril de 2012

[...]















Ai, se tudo fosse como nas novelas.
Todo esse roteiro sendo entregue a artistas que emergem os sentimentos mais profundos.
Poderia gritar eu te amo, quem é você?
Quanta ousadia nessa trama, que se desenrola em mil turbilhões.

Das telas não vejo o coração, mas algum sentimentalismo travestido.
Embora vemos os olhos e destes podemos imaginar a alma, molda-la de certa forma, respeitando alguma coerência que não lhe absorve completamente.

Solidificar assim algumas emoções e sentimentos rasgados, como tudo que fica para trás, visualizando a partida de quem segue, relembrando os diálogos, as palavras, tudo o que foi dito tão naturalmente da boca daqueles que realmente sabem amar e dizer de quem realmente gostam.













[junior ferreira]

domingo, 8 de abril de 2012

[...]













Os barulhos do fim de tarde coexistem em
perfeita sintonia junto aos pássaros lá de fora,
que por toda essa Graça, sobrevoam a paisagem que me abala.

São os fins de tarde,
Que quando deitam a noite, pulsam esse tormento silencioso,
Arrastam o sono pelas madrugadas adentro, imensurável violência.

Posso dormir, contudo, ao amanhecer do dia, Graças a Deus.

















[Junior Ferreira]

segunda-feira, 12 de março de 2012

[...]











Sem me preocupar com o que realmente acontece molecularmente,
Quantas configurações uma molécula de ácido ascórbico adquirem em um milésimo de segundo,
eu vou para a cozinha.

Alho, cebola, vinagre, alface, massas e pães.
Tudo o que pode ser construído e imaginado nesse universo, sem que eu me preocupe
com a estrutura microscópica das coisas, satisfaz a minha vontade de inventar.














[junior ferreira]
[...]










É de metal, que a alma é feita
E se quer compartilha-la, modifique sua forma sob o extremo calor

Ela permite envolver-se aos braços, se adaptar em tudo que pode ser criado
Contudo, a alma permanece, imutável em sua estrutura como o aço da qual é oriunda














[junior ferreira]

sexta-feira, 9 de março de 2012

[...]








Se não for para fazer sentido, não venha.

Não venha, se não for para fazer sentido.








[junior ferreira]









quarta-feira, 7 de março de 2012

[...]










Nessa mesma avenida veloz
Transeuntes vão e vem, a mesma ideia se dissipa em cada horizonte,
Cada esquina se desintegra em diversas ruas.

Continuam as pessoas,
A briga pela melhor indumentária é infinita.
Os carros, as frases soltas de assuntos que pegamos pela metade,
Os sorrisos, olhares, tudo permanece nessa avenida efêmera.
















[junior ferreira]

domingo, 4 de março de 2012

[...]










Não há nada para mudar.
Neste samba, o carnaval é o mesmo.
O tempero é o mesmo quando o azeite é diferente.
















[junior ferreira]

sexta-feira, 2 de março de 2012

[...]











Hoje choramos, esclarecemos o que era hermético.
É difícil entender que o tempo muda, mas as flores desabrocham e secam e nascem e florescem novamente. Nem tudo morre. O tempo é relativo e a reconstrução é permanente quando acreditamos em todas as possibilidades.












[junior ferreira]

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

[...]












E se gosto dos meninos que dobram a esquina,
Com todo aquele charme,
Gosto de verdade.

Das silhuetas, olhares, de tudo aquilo
Que me é estranho e permanece oculto,
Eu gosto.

Ai, se pudesse.
Se pudesse, com toda essa vontade
Que não me é suprida. Falaria aos meninos o quanto os amo.
Tenho medo, contudo.

E por medo, digo que não gosto dos meninos.















[junior ferreira]

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

[...]










Deixe viver só de solidão
E o que clareie...
Clareie Lá.

Viver nessa cidade que me leva,
Que me alaga na saudade.

Deixe viver.












[junior ferreira]

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

[...]










Se pudéssemos congelar os momentos e guarda-los em caixinhas para toda a vida, tudo seria tão mais alegre.

Lembrar dos sorrisos que ficaram naquele final de semana, naquele carnaval em que a felicidade tomou conta de nós todos.

Lembrar dos amigos, dessas pessoas que me fazem sorrir a todo tempo.

Ai se pudéssemos, nessa mocidade, nunca nos separarmos, nunca nos habituarmos a tristes mudanças e despedidas.

O tempo em si é essa lembrança.












[junior ferreira]

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

[...]












Em alguma parte alguma
verei o teu rosto responder aos meus chamados - sem som, lamúrias.

Em outra parte
verei aqueles sorrisos que tanto esperei

Em alguma página
lerei os ossos da sua espera

Em alguma parte alguma[...]











[...]

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

[...]












E você sempre fazendo o mesmo chá
ao me ver enrolado em mil cobertores,
nos dias ensolarados de verão.














[junior ferreira]

sábado, 28 de janeiro de 2012

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Se o Amor bater na porta, por favor,
diga que não estou.











[junior ferreira]

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

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Com você não há quem possa
Saber das coisas do baú.

Com você há quem possa
Fazer de suas sentimentalidades algo palpável.
Com você, nessa fossa, há quem queira existir para fazer-te existir.











[junior ferreira]

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

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Leve consigo o meu abraço,
ainda quente - na memória.

Leve, se precisar, os meus travesseiros,
ainda com o meu cheiro.

Leve como sua essência, que se transformará.
Pesado, como os ponteiros do relógio que ponderam o tempo.











[junior ferreira]
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São os peixes que se alimentam das coisas que penso.
E quando se esquivam, no azul escuro do oceano, daqueles que cassam e nunca descansam,
levam consigo cada pedaço da minha memoria.

Espalham-se em ondas a minha infância,
ultimo beijo,
detalhes daquele dia que riamos desesperadamente.

Tudo aquilo que me sustenta e fornece equilíbrio se parte em pedaços quando minhas emoções são roubadas.










[junior ferreira]