quinta-feira, 16 de agosto de 2012

[...]





















Minuciosamente abro o zíper da minha calça.
Nu apenas,
Ando pela casa e sinto o vento tocar minha pele.

Ainda que perdido em minha nudez, sinto, por toda minha coluna e pernas, escorrer aquela espuma que sai dos cabelos, os barulhos do chuveiro ligado e da água caindo.
Isento de qualquer companhia, enxugo o meu corpo; e se comparado com o resto da casa, minha nudez torna-se algo banal perto
                                          do relógio de parede
                                          e do ventilador de teto





















[junior ferreira]

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