[...]
E a vida segue
Mistura suas sensações de querer voltar atras e refazer o novo com o que poderia ser feito no futuro
As cartas
o toque
os olhares
tudo aquilo que sonha ou sente medo se transforma no fim em algo palpável
Pede alento
Esquecimento
Pede carinho e pede paz
[junior ferreira]
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
[...]
Tudo o que esperei foram as cartas pela manhã
Sua verdade cuspida num papel amassado
feito a margarida que marca as folhas do livro
Contudo, o que de fato recebi foram as confissões que segurava no bolso
junto ao relógio de sua tia-avó
que falecera feito o seu afeto
pendurado ao avesso
numa tarde
rápida
de verão.
[junior ferreira]
Tudo o que esperei foram as cartas pela manhã
Sua verdade cuspida num papel amassado
feito a margarida que marca as folhas do livro
Contudo, o que de fato recebi foram as confissões que segurava no bolso
junto ao relógio de sua tia-avó
que falecera feito o seu afeto
pendurado ao avesso
numa tarde
rápida
de verão.
[junior ferreira]
terça-feira, 20 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
[...]
A paixão que te penetra
é a mesma que me dá forças para levantar da cama
Aquilo que provém do coração
não menos nos preenche, incandesce
Ás vezes o que segue o desconforto do desabafo
apavora, machuca
Contudo, o que de fato destrói
é o cansaço
a fome
tristeza
câncer
ácido cianídrico
[junior ferreira]
A paixão que te penetra
é a mesma que me dá forças para levantar da cama
Aquilo que provém do coração
não menos nos preenche, incandesce
Ás vezes o que segue o desconforto do desabafo
apavora, machuca
Contudo, o que de fato destrói
é o cansaço
a fome
tristeza
câncer
ácido cianídrico
[junior ferreira]
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
[...]
Espontaneidade que se revela como a
corola da fêmea flor, que geme - em sua percepção auditiva - ao desabrochar a vida
Claro, como outras vertigens que aparecem no resto do dia
e somem pressurosas, deixando sequelas e convertendo a eternidade em alguns poucos minutos
São as horas que nos mostram a verdade
são as horas de sua distância
Aprecio o seus segundos
e invejo a maneira como inventa suas próprias histórias
na medida do seu corpo, no desalinho do seu tempo
[junior ferreira]
Espontaneidade que se revela como a
corola da fêmea flor, que geme - em sua percepção auditiva - ao desabrochar a vida
Claro, como outras vertigens que aparecem no resto do dia
e somem pressurosas, deixando sequelas e convertendo a eternidade em alguns poucos minutos
São as horas que nos mostram a verdade
são as horas de sua distância
Aprecio o seus segundos
e invejo a maneira como inventa suas próprias histórias
na medida do seu corpo, no desalinho do seu tempo
[junior ferreira]
terça-feira, 18 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
[...]
Esvazio a mente e viajo por aí, sem compromisso,
Enquanto tomamos aquele café na avenida.
Distração, alguns denominam por assim dizer.
Preocupação, reflexão, solução de problemas,
Desvio de atenção, há muitas coisas envolvidas
Em instantes que desvio o olhar e mergulho em minha mente,
Enquanto discutimos nossos problemas ou dividimos alguma verdade.
[junior ferreira]
Esvazio a mente e viajo por aí, sem compromisso,
Enquanto tomamos aquele café na avenida.
Distração, alguns denominam por assim dizer.
Preocupação, reflexão, solução de problemas,
Desvio de atenção, há muitas coisas envolvidas
Em instantes que desvio o olhar e mergulho em minha mente,
Enquanto discutimos nossos problemas ou dividimos alguma verdade.
*À minha amiga e companheira Natália Tanure.
[junior ferreira]
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
[...]
Pode mesmo se perder nesse desalinho - com o qual navego e reproduzo milhões de vezes as minhas caminhadas - por onde tenho habitado. Rotineiro, não deixo de ser por assim, se quer ver dessa maneira.
Seus lábios estão aí do outro lado, secando e se umedecendo - massageando o lábio inferior e o superior - à cada passagem que acompanha e interpreta.
Veloz, ao seu lado, acomodado em seu ombro enquanto observa que no quarto há apenas um abajur ligado. Sua respiração forte ecoa pelo comodo, perfurando os músculos de quem a sente por perto, densa, se acompanhar de olhos abertos.
Pormenores ficam entre os lençóis, onde os pés se cruzam e se aquecem - esquecem - pela madrugada afora.
[junior ferreira]
Pode mesmo se perder nesse desalinho - com o qual navego e reproduzo milhões de vezes as minhas caminhadas - por onde tenho habitado. Rotineiro, não deixo de ser por assim, se quer ver dessa maneira.
Seus lábios estão aí do outro lado, secando e se umedecendo - massageando o lábio inferior e o superior - à cada passagem que acompanha e interpreta.
Veloz, ao seu lado, acomodado em seu ombro enquanto observa que no quarto há apenas um abajur ligado. Sua respiração forte ecoa pelo comodo, perfurando os músculos de quem a sente por perto, densa, se acompanhar de olhos abertos.
Pormenores ficam entre os lençóis, onde os pés se cruzam e se aquecem - esquecem - pela madrugada afora.
[junior ferreira]
domingo, 26 de agosto de 2012
[...]
Vamos por essas estradas
pelas quais já passaram os trilhos do trem
e o mundaréu de areia tapou o túnel que cortava a cidade em seu subterrâneo.
Vamos por essas estradas
por onde ecoam nossas risadas de dez anos atrás
e a derradeira felicidade tornou-se a árvore que crescera sob os montes de terra
Vamos
[junior ferreira]
Vamos por essas estradas
pelas quais já passaram os trilhos do trem
e o mundaréu de areia tapou o túnel que cortava a cidade em seu subterrâneo.
Vamos por essas estradas
por onde ecoam nossas risadas de dez anos atrás
e a derradeira felicidade tornou-se a árvore que crescera sob os montes de terra
Vamos
[junior ferreira]
sábado, 25 de agosto de 2012
[...]
São mistérios que nem nossas vértebras exibem.
Pode se curvar, quebrar a coluna, não há quem possa
Ao menos dar vestígios.
Nem mesmo os mais intelectuais, ou estudiosos,
conseguiriam enxergar através dos ossos e imaginar o que punge e aflige.
E o que nos flagela não menos destrói, limita.
[junior ferreira]
São mistérios que nem nossas vértebras exibem.
Pode se curvar, quebrar a coluna, não há quem possa
Ao menos dar vestígios.
Nem mesmo os mais intelectuais, ou estudiosos,
conseguiriam enxergar através dos ossos e imaginar o que punge e aflige.
E o que nos flagela não menos destrói, limita.
[junior ferreira]
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
[...]
Por um tempo deixei a ausência de lado.
Agora, não menos fria, em si apegada, reaparece.
A ausência sente falta,
Quer brincar,
Rir ao seu lado e de quem a acompanha.
Não mais sozinho na ausência,
Que insiste em estar perto, por perto,
Sempre perto.
Perco-me em sua companhia,
E quando me percebo neste espaço,
A única chama que se acende
É sua suavidade ainda presa na memória.
[junior ferreira]
Por um tempo deixei a ausência de lado.
Agora, não menos fria, em si apegada, reaparece.
A ausência sente falta,
Quer brincar,
Rir ao seu lado e de quem a acompanha.
Não mais sozinho na ausência,
Que insiste em estar perto, por perto,
Sempre perto.
Perco-me em sua companhia,
E quando me percebo neste espaço,
A única chama que se acende
É sua suavidade ainda presa na memória.
[junior ferreira]
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
[...]
Minuciosamente abro o zíper da minha calça.
Nu apenas,
Ando pela casa e sinto o vento tocar minha pele.
Ainda que perdido em minha nudez, sinto, por toda minha coluna e pernas, escorrer aquela espuma que sai dos cabelos, os barulhos do chuveiro ligado e da água caindo.
Isento de qualquer companhia, enxugo o meu corpo; e se comparado com o resto da casa, minha nudez torna-se algo banal perto
do relógio de parede
e do ventilador de teto
[junior ferreira]
Minuciosamente abro o zíper da minha calça.
Nu apenas,
Ando pela casa e sinto o vento tocar minha pele.
Ainda que perdido em minha nudez, sinto, por toda minha coluna e pernas, escorrer aquela espuma que sai dos cabelos, os barulhos do chuveiro ligado e da água caindo.
Isento de qualquer companhia, enxugo o meu corpo; e se comparado com o resto da casa, minha nudez torna-se algo banal perto
do relógio de parede
e do ventilador de teto
[junior ferreira]
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
[...]
Disperso entre faróis que se lançam aos meus olhos,
Ainda que por um momento cego, consigo sumir desse universo veloz.
Lacônico, ao materializar o infinito.
Mesmo nesse simulacro que disfarça o que realmente te acoberta,
Consigo ver fundo nos seus olhos.
Como se diz eu te amo?
[junior ferreira]
Disperso entre faróis que se lançam aos meus olhos,
Ainda que por um momento cego, consigo sumir desse universo veloz.
Lacônico, ao materializar o infinito.
Mesmo nesse simulacro que disfarça o que realmente te acoberta,
Consigo ver fundo nos seus olhos.
Como se diz eu te amo?
[junior ferreira]
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
[...]
Tácitos, os meus olhos - e ao redor - acompanham aqueles movimentos
Desenvolverem-se no palco, iluminado a quem acompanha de longe, da platéia.
A bailarina carrega em sua coluna o equilíbrio, se mantendo
Em coerência desde as pontas dos pés aos ossos, pele, corpo.
Enquanto Bach, incansavelmente ecoa pela casa da vizinha,
A bailarina executa movimentos de intensa ressonância com a música,
Conectando os barulhos às suas coreografias,
Tornando quem a observa, tão flexível e elástico quanto as pernas demonstram ser.
*Poesia dedicado a um grande amigo e bailarino, Guilherme Fraga.
[junior ferreira]
Tácitos, os meus olhos - e ao redor - acompanham aqueles movimentos
Desenvolverem-se no palco, iluminado a quem acompanha de longe, da platéia.
A bailarina carrega em sua coluna o equilíbrio, se mantendo
Em coerência desde as pontas dos pés aos ossos, pele, corpo.
Enquanto Bach, incansavelmente ecoa pela casa da vizinha,
A bailarina executa movimentos de intensa ressonância com a música,
Conectando os barulhos às suas coreografias,
Tornando quem a observa, tão flexível e elástico quanto as pernas demonstram ser.
*Poesia dedicado a um grande amigo e bailarino, Guilherme Fraga.
[junior ferreira]
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
[...]
E descobrem-se poeiras nessa noite veloz
Vindas da vertigem do dia.
E os barulhos dos grilos e sapos na beira do córrego - que muitos ainda insistem
Em chamar de rio, talvez algum dia este título lhe caiba bem - nunca cessam.
Juntos a este escarcéu, ideias golpeiam de uma só vez,
Embora apenas uma palavra predomine dentre mil, cansaço.
E se escrever nas cartas que na primavera quero flores,
De-me azuis e vermelhas, violetas talvez;
E sempre traga o Sol,
Para que os fins de tarde não se transformem em apenas um ponto final.
[junior ferreira]
E descobrem-se poeiras nessa noite veloz
Vindas da vertigem do dia.
E os barulhos dos grilos e sapos na beira do córrego - que muitos ainda insistem
Em chamar de rio, talvez algum dia este título lhe caiba bem - nunca cessam.
Juntos a este escarcéu, ideias golpeiam de uma só vez,
Embora apenas uma palavra predomine dentre mil, cansaço.
E se escrever nas cartas que na primavera quero flores,
De-me azuis e vermelhas, violetas talvez;
E sempre traga o Sol,
Para que os fins de tarde não se transformem em apenas um ponto final.
[junior ferreira]
terça-feira, 7 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
[...]
Não é uma cela,
É uma sala que se expande, não tem canto, nem onde termina.
Em cada parede há milhares de fotos, lembranças talvez.
Pode-se percorre-la incansavelmente, derrubando os barulhos e a iluminação ininterrupta.
Só não pode retornar ao hall de entrada, nem voltar pelas portas pelas quais passara.
Deixar recados é provavelmente inevitável, marcas automáticas.
As frases vão ficando junto ao corredor que se estende, as paredes que se reformulam no tempo e as pessoas que entram e saem pelas portas - algumas sentam nos sofás e ficam mais tempos que outras - tornam-me memórias e exímias nesse universo descontrolado e infinito.
[junior ferreira]
Não é uma cela,
É uma sala que se expande, não tem canto, nem onde termina.
Em cada parede há milhares de fotos, lembranças talvez.
Pode-se percorre-la incansavelmente, derrubando os barulhos e a iluminação ininterrupta.
Só não pode retornar ao hall de entrada, nem voltar pelas portas pelas quais passara.
Deixar recados é provavelmente inevitável, marcas automáticas.
As frases vão ficando junto ao corredor que se estende, as paredes que se reformulam no tempo e as pessoas que entram e saem pelas portas - algumas sentam nos sofás e ficam mais tempos que outras - tornam-me memórias e exímias nesse universo descontrolado e infinito.
[junior ferreira]
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
[...]
E voltávamos pra casa por aquelas estradas, correndo após a aula,
Andávamos sempre em bando.
Vinhamos pelo caminho que dividia o espaço com os trilhos,
Mas não acabava ali na beira, ia além do túnel.
E por aqueles redores ouvíamos os barulhos da máquina que trasnportava o carvão
E o minério de ferro em seu rabo gigante e magnífico.
Todo aquele brilho que ficava no chão, morria com o resto da tarde
soprando a leve brisa dos dias de céu vermelho.
[junior ferreira]
E voltávamos pra casa por aquelas estradas, correndo após a aula,
Andávamos sempre em bando.
Vinhamos pelo caminho que dividia o espaço com os trilhos,
Mas não acabava ali na beira, ia além do túnel.
E por aqueles redores ouvíamos os barulhos da máquina que trasnportava o carvão
E o minério de ferro em seu rabo gigante e magnífico.
Todo aquele brilho que ficava no chão, morria com o resto da tarde
soprando a leve brisa dos dias de céu vermelho.
[junior ferreira]
segunda-feira, 16 de julho de 2012
[...]
E seus sorrisos vão ficando pelas esquinas,
Por aquelas ruas estreitas, nas quais tomamos uma chuva gelada,
Naquela noite na qual não parávamos de rir
E nem de procurar algum canto para não se molhar tanto.
E assim se esvai alguns de nossos sonhos, por essa mocidade,
junto ao que nos deixa ensopados e ao que nos torna ensolarados.
[junior ferreira]
E seus sorrisos vão ficando pelas esquinas,
Por aquelas ruas estreitas, nas quais tomamos uma chuva gelada,
Naquela noite na qual não parávamos de rir
E nem de procurar algum canto para não se molhar tanto.
E assim se esvai alguns de nossos sonhos, por essa mocidade,
junto ao que nos deixa ensopados e ao que nos torna ensolarados.
[junior ferreira]
segunda-feira, 9 de julho de 2012
[...]
Tenho borboletas dentro de mim.
Orquídeas pelo meu tegumento, simbiose.
E se nessa protocooperação evoluimos,
Não seria coerente desfazer dessa minha camisa que floresce em épocas tão específicas.
Coeso, talvez, aceitar que todas essas raízes apodreçam junto ao seu hálito,
Àquilo que na verdade é apenas uma semente,
A qual poucos corajosos nomeiam coração.
[junior ferreira]
Tenho borboletas dentro de mim.
Orquídeas pelo meu tegumento, simbiose.
E se nessa protocooperação evoluimos,
Não seria coerente desfazer dessa minha camisa que floresce em épocas tão específicas.
Coeso, talvez, aceitar que todas essas raízes apodreçam junto ao seu hálito,
Àquilo que na verdade é apenas uma semente,
A qual poucos corajosos nomeiam coração.
[junior ferreira]
segunda-feira, 2 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
[...]
A ordem das coisas se altera a cada suspiro...
[...suspiro]
... Embora a ordem das coisas não nos modifique.
Enquanto no canto da sala mora uma formiga,
No canto superior do mesmo lado, habita uma aranha.
E a leitura se esvai mantendo o mesmo contorno, o cansaço aumenta
Na mesma frequência e a cama, lá no quarto, não se altera, me espera.
[junior ferreira]
A ordem das coisas se altera a cada suspiro...
[...suspiro]
... Embora a ordem das coisas não nos modifique.
Enquanto no canto da sala mora uma formiga,
No canto superior do mesmo lado, habita uma aranha.
E a leitura se esvai mantendo o mesmo contorno, o cansaço aumenta
Na mesma frequência e a cama, lá no quarto, não se altera, me espera.
[junior ferreira]
domingo, 24 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
[...]
Gosto do João Gilberto e Stan Getz,
Da suavidade do agudo da Gal,
Dos sonetos de Florbela espanca - e toda sua indumentária poética, sua coerência e demasiado parnasianismo.
Gosto dos olhares, de tudo aquilo que não acaba e nunca se torna monótono.
Do beijo, da força do abraço eu gosto.
Gosto da saudade em alguns momentos - o que é memorável é eterno, mas fica na saudade, no desejo de ter novamente.
Gosto de meninas e de meninos,
Das esquinas que se desdobram em mil ruas, e nos levam por essa mocidade que por demais me fascina.
Gosto de você.
[junior ferreira]
Gosto do João Gilberto e Stan Getz,
Da suavidade do agudo da Gal,
Dos sonetos de Florbela espanca - e toda sua indumentária poética, sua coerência e demasiado parnasianismo.
Gosto dos olhares, de tudo aquilo que não acaba e nunca se torna monótono.
Do beijo, da força do abraço eu gosto.
Gosto da saudade em alguns momentos - o que é memorável é eterno, mas fica na saudade, no desejo de ter novamente.
Gosto de meninas e de meninos,
Das esquinas que se desdobram em mil ruas, e nos levam por essa mocidade que por demais me fascina.
Gosto de você.
[junior ferreira]
quarta-feira, 11 de abril de 2012
[...]
Prefiro a palavra Corpo,
quando quero desmitificar toda essa força com a emoção das palavras.
A camisa que rodeia a alma, que se abre em mil botões e mesmo assim não rasgamos esse tegumento, Pele.
Rasgado, como a boca que diz a verdade. Rígido, como o nódulo que se petrifica, Coração.
Mesmo não vendo o tempo, estamos nessa coordenada que nos leva a deterioração, à mocidade efêmera, velhice, vertigem. Por finalmente chegarmos a única coisa que temos certeza na vida enquanto matéria, morte.
[...]
Prefiro a palavra Corpo,
quando quero desmitificar toda essa força com a emoção das palavras.
A camisa que rodeia a alma, que se abre em mil botões e mesmo assim não rasgamos esse tegumento, Pele.
Rasgado, como a boca que diz a verdade. Rígido, como o nódulo que se petrifica, Coração.
Mesmo não vendo o tempo, estamos nessa coordenada que nos leva a deterioração, à mocidade efêmera, velhice, vertigem. Por finalmente chegarmos a única coisa que temos certeza na vida enquanto matéria, morte.
[...]
[...]
Ainda que a memória falhe, sei que os concretos não a seguram mais.
A antiga casa perto do rio, fora destruída.
Construíram um comércio sobre os destroços.
Lembro-me dos barquinhos de papel que colocávamos no rio em épocas de enchente.
Lembro-me da Chimbica, e suas ulceras de câncer, da Dona Fizinha, de quem tanto tive medo - por pensar que fosse bruxa, e por ser banguela, iria me engolir por inteiro.
Passei um breve tempo da minha infância, neste lugar.
Embora não mais exista, por mais antiga que seja, na memória sempre será a minha casa.
[junior ferreira]
Ainda que a memória falhe, sei que os concretos não a seguram mais.
A antiga casa perto do rio, fora destruída.
Construíram um comércio sobre os destroços.
Lembro-me dos barquinhos de papel que colocávamos no rio em épocas de enchente.
Lembro-me da Chimbica, e suas ulceras de câncer, da Dona Fizinha, de quem tanto tive medo - por pensar que fosse bruxa, e por ser banguela, iria me engolir por inteiro.
Passei um breve tempo da minha infância, neste lugar.
Embora não mais exista, por mais antiga que seja, na memória sempre será a minha casa.
[junior ferreira]
terça-feira, 10 de abril de 2012
[...]
[junior ferreira]
Sim, acordei por volta do fim da manhã, ainda que quisesse dormir mais - e o meu corpo pedia isso - resolvi levantar. Não tive coragem para olhar as horas - não quero olhar as horas, ora essa.
Neste fato comedido de simplesmente esquecer que existo e que tenho obrigações, me esqueço também de lavar o rosto, de trocar essa cara, e com essa mesma coisa que emolda acima do meu pescoço, consigo ver pessoas - as pessoas também me veem, em outros angulos, pelos olhos dos outros, o que torna tudo mais cômico - sentir toda essa vontade de sorrir quando caminho sozinho e não entender o porquê.
Me pego às vezes nesse silêncio, entre mil gargalhadas internas - uma ou outra conseguem sair.
E pensar que sou louco quando converso sozinho, se de fato o que faz a minha boca se mexer são pequenas partes de outros milhares de diálogos que acontecem ao mesmo tempo dentro de mim mesmo.
Impossível controlar esses impulsos, inimaginável como as coisas não param de se mover dentro da minha cabeça, querendo fazer e absorver tudo ao mesmo tempo. Essa ânsia me suga, me seca e faz com que a minha cara pela manhã, seja a menos iluminada possível.
[junior ferreira]
segunda-feira, 9 de abril de 2012
[...]
Ai, se tudo fosse como nas novelas.
Todo esse roteiro sendo entregue a artistas que emergem os sentimentos mais profundos.
Poderia gritar eu te amo, quem é você?
Quanta ousadia nessa trama, que se desenrola em mil turbilhões.
Das telas não vejo o coração, mas algum sentimentalismo travestido.
Embora vemos os olhos e destes podemos imaginar a alma, molda-la de certa forma, respeitando alguma coerência que não lhe absorve completamente.
Solidificar assim algumas emoções e sentimentos rasgados, como tudo que fica para trás, visualizando a partida de quem segue, relembrando os diálogos, as palavras, tudo o que foi dito tão naturalmente da boca daqueles que realmente sabem amar e dizer de quem realmente gostam.
[junior ferreira]
Ai, se tudo fosse como nas novelas.
Todo esse roteiro sendo entregue a artistas que emergem os sentimentos mais profundos.
Poderia gritar eu te amo, quem é você?
Quanta ousadia nessa trama, que se desenrola em mil turbilhões.
Das telas não vejo o coração, mas algum sentimentalismo travestido.
Embora vemos os olhos e destes podemos imaginar a alma, molda-la de certa forma, respeitando alguma coerência que não lhe absorve completamente.
Solidificar assim algumas emoções e sentimentos rasgados, como tudo que fica para trás, visualizando a partida de quem segue, relembrando os diálogos, as palavras, tudo o que foi dito tão naturalmente da boca daqueles que realmente sabem amar e dizer de quem realmente gostam.
[junior ferreira]
domingo, 8 de abril de 2012
[...]
Os barulhos do fim de tarde coexistem em
perfeita sintonia junto aos pássaros lá de fora,
que por toda essa Graça, sobrevoam a paisagem que me abala.
São os fins de tarde,
Que quando deitam a noite, pulsam esse tormento silencioso,
Arrastam o sono pelas madrugadas adentro, imensurável violência.
Posso dormir, contudo, ao amanhecer do dia, Graças a Deus.
[Junior Ferreira]
Os barulhos do fim de tarde coexistem em
perfeita sintonia junto aos pássaros lá de fora,
que por toda essa Graça, sobrevoam a paisagem que me abala.
São os fins de tarde,
Que quando deitam a noite, pulsam esse tormento silencioso,
Arrastam o sono pelas madrugadas adentro, imensurável violência.
Posso dormir, contudo, ao amanhecer do dia, Graças a Deus.
[Junior Ferreira]
segunda-feira, 12 de março de 2012
[...]
Sem me preocupar com o que realmente acontece molecularmente,
Quantas configurações uma molécula de ácido ascórbico adquirem em um milésimo de segundo,
eu vou para a cozinha.
Alho, cebola, vinagre, alface, massas e pães.
Tudo o que pode ser construído e imaginado nesse universo, sem que eu me preocupe
com a estrutura microscópica das coisas, satisfaz a minha vontade de inventar.
[junior ferreira]
Sem me preocupar com o que realmente acontece molecularmente,
Quantas configurações uma molécula de ácido ascórbico adquirem em um milésimo de segundo,
eu vou para a cozinha.
Alho, cebola, vinagre, alface, massas e pães.
Tudo o que pode ser construído e imaginado nesse universo, sem que eu me preocupe
com a estrutura microscópica das coisas, satisfaz a minha vontade de inventar.
[junior ferreira]
sexta-feira, 9 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
[...]
Nessa mesma avenida veloz
Transeuntes vão e vem, a mesma ideia se dissipa em cada horizonte,
Cada esquina se desintegra em diversas ruas.
Continuam as pessoas,
A briga pela melhor indumentária é infinita.
Os carros, as frases soltas de assuntos que pegamos pela metade,
Os sorrisos, olhares, tudo permanece nessa avenida efêmera.
[junior ferreira]
Nessa mesma avenida veloz
Transeuntes vão e vem, a mesma ideia se dissipa em cada horizonte,
Cada esquina se desintegra em diversas ruas.
Continuam as pessoas,
A briga pela melhor indumentária é infinita.
Os carros, as frases soltas de assuntos que pegamos pela metade,
Os sorrisos, olhares, tudo permanece nessa avenida efêmera.
[junior ferreira]
domingo, 4 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
[...]
E se gosto dos meninos que dobram a esquina,
Com todo aquele charme,
Gosto de verdade.
Das silhuetas, olhares, de tudo aquilo
Que me é estranho e permanece oculto,
Eu gosto.
Ai, se pudesse.
Se pudesse, com toda essa vontade
Que não me é suprida. Falaria aos meninos o quanto os amo.
Tenho medo, contudo.
E por medo, digo que não gosto dos meninos.
[junior ferreira]
E se gosto dos meninos que dobram a esquina,
Com todo aquele charme,
Gosto de verdade.
Das silhuetas, olhares, de tudo aquilo
Que me é estranho e permanece oculto,
Eu gosto.
Ai, se pudesse.
Se pudesse, com toda essa vontade
Que não me é suprida. Falaria aos meninos o quanto os amo.
Tenho medo, contudo.
E por medo, digo que não gosto dos meninos.
[junior ferreira]
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
[...]
Se pudéssemos congelar os momentos e guarda-los em caixinhas para toda a vida, tudo seria tão mais alegre.
Lembrar dos sorrisos que ficaram naquele final de semana, naquele carnaval em que a felicidade tomou conta de nós todos.
Lembrar dos amigos, dessas pessoas que me fazem sorrir a todo tempo.
Ai se pudéssemos, nessa mocidade, nunca nos separarmos, nunca nos habituarmos a tristes mudanças e despedidas.
O tempo em si é essa lembrança.
[junior ferreira]
Se pudéssemos congelar os momentos e guarda-los em caixinhas para toda a vida, tudo seria tão mais alegre.
Lembrar dos sorrisos que ficaram naquele final de semana, naquele carnaval em que a felicidade tomou conta de nós todos.
Lembrar dos amigos, dessas pessoas que me fazem sorrir a todo tempo.
Ai se pudéssemos, nessa mocidade, nunca nos separarmos, nunca nos habituarmos a tristes mudanças e despedidas.
O tempo em si é essa lembrança.
[junior ferreira]
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
[...]
São os peixes que se alimentam das coisas que penso.
E quando se esquivam, no azul escuro do oceano, daqueles que cassam e nunca descansam,
levam consigo cada pedaço da minha memoria.
Espalham-se em ondas a minha infância,
ultimo beijo,
detalhes daquele dia que riamos desesperadamente.
Tudo aquilo que me sustenta e fornece equilíbrio se parte em pedaços quando minhas emoções são roubadas.
[junior ferreira]
São os peixes que se alimentam das coisas que penso.
E quando se esquivam, no azul escuro do oceano, daqueles que cassam e nunca descansam,
levam consigo cada pedaço da minha memoria.
Espalham-se em ondas a minha infância,
ultimo beijo,
detalhes daquele dia que riamos desesperadamente.
Tudo aquilo que me sustenta e fornece equilíbrio se parte em pedaços quando minhas emoções são roubadas.
[junior ferreira]
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