[...]
Torno-me irreconhecível a cada dia
não reconheço tantos rostos como antes
e a cada momento vejo mais estranhos
pela padaria
ou pela cafeteria da esquina, na qual bebo o meu café-com-leite
e deixo minhas escritas se esfriarem em papéis de guardanapo
em cima da mesa de madeira
ou nos ventos velozes
feitos através das asas de uma borboleta azul
[junior ferreira]
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
[...]
Quero a tarde veloz e vermelha
que os teus cabelos coloriram em fevereiro.
A cadeira em que a sua avó balançava na varanda - a qual rodeava a casa - e incendiou
a tarde em lilás junto a tua juba, em janeiro, quero que os barulhos a tragam novamente.
Aqueles que querem e preferem sofrer,
se isolem
e vão para longe de Agosto,
mês no qual a paixão desesperada
bate na porta daqueles mais desajeitados
e perdidos em suas próprias poesias.
[junior ferreira]
Quero a tarde veloz e vermelha
que os teus cabelos coloriram em fevereiro.
A cadeira em que a sua avó balançava na varanda - a qual rodeava a casa - e incendiou
a tarde em lilás junto a tua juba, em janeiro, quero que os barulhos a tragam novamente.
Aqueles que querem e preferem sofrer,
se isolem
e vão para longe de Agosto,
mês no qual a paixão desesperada
bate na porta daqueles mais desajeitados
e perdidos em suas próprias poesias.
[junior ferreira]
terça-feira, 19 de agosto de 2014
[...]
Essa coisa que não se explica
e as vezes cai pelos cabelos e passa pelos ouvidos
e volta dos pés a cabeça em frêmitos,
volta em lágrimas e vento,
em furacões de fogo,
agonia e felicidade.
Mistura tantos outros sentimentos e sensações que me faz perder em meu próprio tegumento,
limitando-me a entender
aquela mesma coisa que sai da cabeça e navega o corpo
sem deixar rastros,
marcas físicas,
registrando a existência
em infindáveis gemidos inflamáveis.
[junior ferreira]
Essa coisa que não se explica
e as vezes cai pelos cabelos e passa pelos ouvidos
e volta dos pés a cabeça em frêmitos,
volta em lágrimas e vento,
em furacões de fogo,
agonia e felicidade.
Mistura tantos outros sentimentos e sensações que me faz perder em meu próprio tegumento,
limitando-me a entender
aquela mesma coisa que sai da cabeça e navega o corpo
sem deixar rastros,
marcas físicas,
registrando a existência
em infindáveis gemidos inflamáveis.
[junior ferreira]
terça-feira, 12 de agosto de 2014
[...]
Parece que foi ontem
que confundi lilás e rosa escuro,
primavera e outono,
os tornados de todas as manhãs
com o vento tenro de depois do almoço.
Parece que foi outro dia que andávamos por aí de mãos dadas
e hoje nem sabemos um do outro,
que andei de bicicleta por uma reta infindável em minhas emoções,
que sorri o amanhã como algo inesperado
e esperado de forma clara e doce.
Efemeridade, assim nomeio minha existência.
Como tudo passa rápido,
e num piscar de olhos estamos do outro lado do mundo
e retornamos ao ponto inicial novamente.
Num piscar de olhos temos uma multidão ao nosso redor
e quando menos esperamos
nos deparamos sozinhos
no meio daquela solidão que não podemos nem nos atrever a tentar explicar.
É no meio do nada que achamos respostas.
E como tudo é efêmero, de alguma forma as respostas nos alcançam,
e então vamos entender que quando misturamos groselha com abacaxi
ou cebola com pimentão,
o que temos em mente é que apenas vivemos
para ter a felicidade de provar algo diferente
novo
e distante de nosso paladar.
[junior ferreira]
Parece que foi ontem
que confundi lilás e rosa escuro,
primavera e outono,
os tornados de todas as manhãs
com o vento tenro de depois do almoço.
Parece que foi outro dia que andávamos por aí de mãos dadas
e hoje nem sabemos um do outro,
que andei de bicicleta por uma reta infindável em minhas emoções,
que sorri o amanhã como algo inesperado
e esperado de forma clara e doce.
Efemeridade, assim nomeio minha existência.
Como tudo passa rápido,
e num piscar de olhos estamos do outro lado do mundo
e retornamos ao ponto inicial novamente.
Num piscar de olhos temos uma multidão ao nosso redor
e quando menos esperamos
nos deparamos sozinhos
no meio daquela solidão que não podemos nem nos atrever a tentar explicar.
É no meio do nada que achamos respostas.
E como tudo é efêmero, de alguma forma as respostas nos alcançam,
e então vamos entender que quando misturamos groselha com abacaxi
ou cebola com pimentão,
o que temos em mente é que apenas vivemos
para ter a felicidade de provar algo diferente
novo
e distante de nosso paladar.
[junior ferreira]
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