[...]
Foi em Setembro
que reabri suas cartas - aquelas que escreveu antes do carnaval -
e me esqueci que estava vivo
Fui morto em Setembro
por algumas palavras que voaram
como tiros
num silêncio que nem no mais profundo local do oceano
pode se conseguir.
Espero ver borboletas azuis
em breve
ou cores novas que podem se desdobrar
numa ilusão descontrolada
e metamorficamente
construída em sensações
de uma epifania
[junior ferreira]
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
[...]
Sinto falta de pessoas boas na vida.
Daquele cheiro de abraço
e daquele sorriso de que não quer partir.
Sinto falta da vida.
Não essa, a qual apenas se sustenta nas pernas,
mas a falta de viver em si.
E se falar o quão saudoso
nos tornamos em relação as coisas boas da vida,
gastaremos a eternidade
mencionando momentos
e memórias que nos deixam
nostálgicos e com um sorriso
paralizado no rosto.
[junior ferreira]
Sinto falta de pessoas boas na vida.
Daquele cheiro de abraço
e daquele sorriso de que não quer partir.
Sinto falta da vida.
Não essa, a qual apenas se sustenta nas pernas,
mas a falta de viver em si.
E se falar o quão saudoso
nos tornamos em relação as coisas boas da vida,
gastaremos a eternidade
mencionando momentos
e memórias que nos deixam
nostálgicos e com um sorriso
paralizado no rosto.
[junior ferreira]
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
[...]
Tenho barulhos de mil pássaros em minha cabeça
e de nenhum barulho
senti o seu desafinar
Tive mil barulhos em minha mente
quanto bem te vi milhões de vezes
e bilhões de vezes
repeti que seriam
apenas nossos aqueles barulhos
que lamentavelmente
eram bem-te-vis gritando
e rumorejando
lampejos
verde-musgo
que destroem
sonhos
e aniquilam felicidades
Bem que te vi na rua
de camisa polo verde
com aquele perfume
que usou mil vezes
e o senti milhões
de vezes levando-me a transbordar em esféricas sensações
de que queria-estar-com-você e
não apenas bem-te-ver
por dentre as copas de árvores
onde há rumores
de que os pássaros
um dia, quem sabe, vão parar de cantar
e repetir entre trilhões e trilhões
que o seu olhar ainda não se evaporou da minha mente
Não sumiu ainda aquela sua imagem
suado, se mexendo na cama, esquivando dos seus pesadelos
sendo o que conseguia ser só comigo
dizendo que
quando bem me via
Eu era apenas um
sabiá
E você um bem-te-vi
Que não vejo mais
[junior ferreira]
Tenho barulhos de mil pássaros em minha cabeça
e de nenhum barulho
senti o seu desafinar
Tive mil barulhos em minha mente
quanto bem te vi milhões de vezes
e bilhões de vezes
repeti que seriam
apenas nossos aqueles barulhos
que lamentavelmente
eram bem-te-vis gritando
e rumorejando
lampejos
verde-musgo
que destroem
sonhos
e aniquilam felicidades
Bem que te vi na rua
de camisa polo verde
com aquele perfume
que usou mil vezes
e o senti milhões
de vezes levando-me a transbordar em esféricas sensações
de que queria-estar-com-você e
não apenas bem-te-ver
por dentre as copas de árvores
onde há rumores
de que os pássaros
um dia, quem sabe, vão parar de cantar
e repetir entre trilhões e trilhões
que o seu olhar ainda não se evaporou da minha mente
Não sumiu ainda aquela sua imagem
suado, se mexendo na cama, esquivando dos seus pesadelos
sendo o que conseguia ser só comigo
dizendo que
quando bem me via
Eu era apenas um
sabiá
E você um bem-te-vi
Que não vejo mais
[junior ferreira]
[...]
Desejei muito que este mundo se explodisse
em mil pétalas
ontem a noite.
Nada disso, claro, aconteceu
ao invés disso
turbilhões de sentimentos
acontecem dentro de mim
e o que resta é o olho do furacão
que nada sente da tempestade
mas a tudo consegue ver lá de cima
Se as destruições fossem entendidas
em poucas palavras
não estaria eu aqui, gatinho
escrevendo mil poesias
as quais cabem você em todas
e todas elas
dentro de uma caixinha
que guardarei embaixo da cama
junto a poeira
e outras coisas que não quero perceber a existência
[junior ferreira]
Desejei muito que este mundo se explodisse
em mil pétalas
ontem a noite.
Nada disso, claro, aconteceu
ao invés disso
turbilhões de sentimentos
acontecem dentro de mim
e o que resta é o olho do furacão
que nada sente da tempestade
mas a tudo consegue ver lá de cima
Se as destruições fossem entendidas
em poucas palavras
não estaria eu aqui, gatinho
escrevendo mil poesias
as quais cabem você em todas
e todas elas
dentro de uma caixinha
que guardarei embaixo da cama
junto a poeira
e outras coisas que não quero perceber a existência
[junior ferreira]
domingo, 23 de novembro de 2014
[...]
Não quero suportar esse karma, não mais
Não me pediram pra entrar
Simplesmente deram-me flores e disseram pra respirar
o perfume
sentir o gosto do nectar
e se afogar na paixão
que romperia a minha vida
em terremotos
maremotos
tempestades
furacões
cancer
vertigem
E o final dessa tarde de domingo
numa borboleta azul
[junior ferreira]
Não quero suportar esse karma, não mais
Não me pediram pra entrar
Simplesmente deram-me flores e disseram pra respirar
o perfume
sentir o gosto do nectar
e se afogar na paixão
que romperia a minha vida
em terremotos
maremotos
tempestades
furacões
cancer
vertigem
E o final dessa tarde de domingo
numa borboleta azul
[junior ferreira]
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
[...]
Tenho um amigo que se foi pra Bahia
Lá na terra onde as meninas
são arretadas desde o berço
Meu amigo
Dança
Na praia, na vida
Na estrada
transmitindo os sentidos
através do movimento
do corpo
dos barulhos
de uma borboleta azul
Meu amigo dança
Nos lugares mais improváveis
e inimagináveis
e inimagináveis
que traduzem a beleza
numa verdade
que diz que
a vida, por ela mesma, não basta
[junior ferreira]
sábado, 15 de novembro de 2014
[...]
[junior ferreira]
A pedra, disseram os filósofos,
É simplesmente uma pedra
Rocha feito de pedra,
Barro
Argila
Metal fundido
Se encotras na rua com esta, não te demores a curvar
Ou a pular
Este mero obstáculo
Essa pedra
Não fere e nem queima caso queira toca-la
Quero que tudo
Vire sólido
E essa saudade que arde
Torne-se apenas uma materia possível de se ignorar
Assim como se igonora uma pedra
Ou
uma pétala azul
De
uma flor modificada em seus múltiplos termos
[junior ferreira]
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
[...]
Brincávamos entre milhares
no meio da rua
Ninguém se importava
se os carros ou motocicletas
viessem na mesma direção
acabando com o fluxo dos que corriam pra lá e pra cá
Brincávamos sem medo
pulávamos os passeios
e escorregávamos, as vezes, de cara no chão.
Não existia machucado naquela época.
Os barulhos, eram tambores
freneticamente acertados ao ritmo veloz dos nossos corações.
E quando a tristeza batia, nem mesmo nos acudíamos
Convidávamos a entrar em ressonância
com a nossa inoscência
e mostrávamos aquele samba
que nasceu com nossos pés
numa alegria
que contagiaria até mesmo os
que esqueceram de que um dia existiu a infância.
[junior ferreira]
Brincávamos entre milhares
no meio da rua
Ninguém se importava
se os carros ou motocicletas
viessem na mesma direção
acabando com o fluxo dos que corriam pra lá e pra cá
Brincávamos sem medo
pulávamos os passeios
e escorregávamos, as vezes, de cara no chão.
Não existia machucado naquela época.
Os barulhos, eram tambores
freneticamente acertados ao ritmo veloz dos nossos corações.
E quando a tristeza batia, nem mesmo nos acudíamos
Convidávamos a entrar em ressonância
com a nossa inoscência
e mostrávamos aquele samba
que nasceu com nossos pés
numa alegria
que contagiaria até mesmo os
que esqueceram de que um dia existiu a infância.
[junior ferreira]
sábado, 8 de novembro de 2014
[...]
Use o seu Português chato e massante
para ir além do universo
e pisar nas estrelas
diminuindo
o brilho dos olhares
e a perfeição dos sorrisos honestos
E com essa língua de fogo
e um idioma rebuscado
ache o que tanto persegue
no mais profundo
e derradeiro
lugar da terra
Que se afogue em lamas de sentimentos
e evapore junto as suas lágrimas
de desespero
quando se ver sozinho
e desamparado
naquele lugar frio e escuro
no qual nem
mesmo a solidão jamais pisaria.
[junior ferreira]
Use o seu Português chato e massante
para ir além do universo
e pisar nas estrelas
diminuindo
o brilho dos olhares
e a perfeição dos sorrisos honestos
E com essa língua de fogo
e um idioma rebuscado
ache o que tanto persegue
no mais profundo
e derradeiro
lugar da terra
Que se afogue em lamas de sentimentos
e evapore junto as suas lágrimas
de desespero
quando se ver sozinho
e desamparado
naquele lugar frio e escuro
no qual nem
mesmo a solidão jamais pisaria.
[junior ferreira]
Assinar:
Postagens (Atom)