É assim quando se escorrega e bate a cabeça diversas vezes na mesma pedra e não se perde a memória por mais que queira evaporá-la. Dessa maneira que se perde o equilíbrio ao regular o que é pra ser sentido e o que pode ser só saudade. Desse modo que se fabricam montanhas de sal e as colinas de gelo, geometricamente inapropriadas para nossas conversas, fazendo tudo fugir aos nossos sentidos - se a visão é verdadeira ou inventada, se é vidro ou transparente, se o tabuleiro de xadrez era de metal fundido. Não importa, no fim, suas emoções. O que de fato interessa, é sua cara de espanto ao perceber que o que nos rodeia, é vida, vento, cores, vozes... Nada.
[junior ferreira]
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