[...]
Se não pode ter cachorros
tenha
flores.
[junior ferreira]
segunda-feira, 28 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014
[...]
Os corações estavam espalhados pelo quintal.
Vieram antes da época.
Alguns dizem que nasceram no início da primavera
juntos aos lírios
e aos relâmpagos de margarida.
Os que colhem do quintal
não estão necessariamente desiludidos,
perdidos, eu diria,
sem coração talvez
ou com vontade de substituir este próprio músculo
por um outro que nasceu atrás da casa,
num quintal imenso
e repleto de rosas.
[junior ferreira]
Os corações estavam espalhados pelo quintal.
Vieram antes da época.
Alguns dizem que nasceram no início da primavera
juntos aos lírios
e aos relâmpagos de margarida.
Os que colhem do quintal
não estão necessariamente desiludidos,
perdidos, eu diria,
sem coração talvez
ou com vontade de substituir este próprio músculo
por um outro que nasceu atrás da casa,
num quintal imenso
e repleto de rosas.
[junior ferreira]
terça-feira, 15 de julho de 2014
[...]
Vi uma pedra de Opala
e imaginei que tudo o que havia dentro dela
seria um minúsculo Universo.
Haviam nebulosas,
centenas de cometas ofuscantes,
variadas cores de galáxias, nascimentos de estrelas,
explosões de coisas que não são possíveis de serem explicadas.
Vi muitas coisas coexistirem naquele pequeno espaço
e me perguntei se na verdade, o nosso Universo,
não estaria imerso em uma pedra de Opala ainda maior.
E fora desta, centenas e milhares e bilhões
de outras variadas pedras,
que não conhecemos nem o formato
e tampouco seríamos capazes
de atribuí-las algum nome.
[junior ferreira]
Vi uma pedra de Opala
e imaginei que tudo o que havia dentro dela
seria um minúsculo Universo.
Haviam nebulosas,
centenas de cometas ofuscantes,
variadas cores de galáxias, nascimentos de estrelas,
explosões de coisas que não são possíveis de serem explicadas.
Vi muitas coisas coexistirem naquele pequeno espaço
e me perguntei se na verdade, o nosso Universo,
não estaria imerso em uma pedra de Opala ainda maior.
E fora desta, centenas e milhares e bilhões
de outras variadas pedras,
que não conhecemos nem o formato
e tampouco seríamos capazes
de atribuí-las algum nome.
[junior ferreira]
segunda-feira, 14 de julho de 2014
[...]
Dizer que vi lágrimas,
é mentira.
Vi menos que sua cabeça baixa,
de longe.
Da última cadeira do cinema,
do último lugar da fila,
do último não sei o quê,
mas sempre longe
o via.
Tentava interpretar
o que o tornara
tão infeliz
a ponto de
mentir
para si mesmo
que não havia nascido para o amor.
[junior ferreira]
Dizer que vi lágrimas,
é mentira.
Vi menos que sua cabeça baixa,
de longe.
Da última cadeira do cinema,
do último lugar da fila,
do último não sei o quê,
mas sempre longe
o via.
Tentava interpretar
o que o tornara
tão infeliz
a ponto de
mentir
para si mesmo
que não havia nascido para o amor.
[junior ferreira]
[...]
[junior ferreira]
É assim quando se escorrega e bate a cabeça diversas vezes na mesma pedra e não se perde a memória por mais que queira evaporá-la. Dessa maneira que se perde o equilíbrio ao regular o que é pra ser sentido e o que pode ser só saudade. Desse modo que se fabricam montanhas de sal e as colinas de gelo, geometricamente inapropriadas para nossas conversas, fazendo tudo fugir aos nossos sentidos - se a visão é verdadeira ou inventada, se é vidro ou transparente, se o tabuleiro de xadrez era de metal fundido. Não importa, no fim, suas emoções. O que de fato interessa, é sua cara de espanto ao perceber que o que nos rodeia, é vida, vento, cores, vozes... Nada.
[junior ferreira]
domingo, 6 de julho de 2014
[...]
Quero o azul que me prometeu
dentro do seu carro velho.
Das antigas manhãs, o desiludido calor do sol
que nos abraçou sem nenhum esforço, eu quero de volta.
O amor foi transmitido a rádio
na quinta feira passada
E desde fevereiro
vejo na televisão
o anúncio de pessoas que querem amar.
Pobres coitados,
querem comprar o amor.
E dizem pagar um preço alto.
Justo.
Nem mesmo é azul
o modelo deste amor em promoção.
É banal,
se acha em qualquer praça
ou esquina. Qualquer supermercado, boteco.
Contudo, tornou-se tão necessário
que me vejo louco
e carente,
imensamente carnívoro e voraz
para comer deste novo amor,
o qual é tão mencionado pelas pessoas
no meio da rua,
nas avenidas,
em qualquer lugar.
Devolva-me, agora, as cores que foram roubadas
do meu quintal.
E eu devolverei o seu velho amor,
o qual ainda permanece
nas gavetas do meu quarto,
no meu guarda-roupas,
sombrinhas,
guarda-chuvas,
chocolate,
larva,
mariposa.
[junior ferreira]
Quero o azul que me prometeu
dentro do seu carro velho.
Das antigas manhãs, o desiludido calor do sol
que nos abraçou sem nenhum esforço, eu quero de volta.
O amor foi transmitido a rádio
na quinta feira passada
E desde fevereiro
vejo na televisão
o anúncio de pessoas que querem amar.
Pobres coitados,
querem comprar o amor.
E dizem pagar um preço alto.
Justo.
Nem mesmo é azul
o modelo deste amor em promoção.
É banal,
se acha em qualquer praça
ou esquina. Qualquer supermercado, boteco.
Contudo, tornou-se tão necessário
que me vejo louco
e carente,
imensamente carnívoro e voraz
para comer deste novo amor,
o qual é tão mencionado pelas pessoas
no meio da rua,
nas avenidas,
em qualquer lugar.
Devolva-me, agora, as cores que foram roubadas
do meu quintal.
E eu devolverei o seu velho amor,
o qual ainda permanece
nas gavetas do meu quarto,
no meu guarda-roupas,
sombrinhas,
guarda-chuvas,
chocolate,
larva,
mariposa.
[junior ferreira]
Assinar:
Postagens (Atom)