segunda-feira, 2 de junho de 2014

[...]














Acordamos numa manhã
sem vento
Seu cheiro, de quem dormira por oito horas seguidas
me abraçava naquele calor
matinal
De alguma forma
o suor do seu corpo
sua transpiração
me fizeram perceber
um odor diferente
daquilo que sentia quando éramos dois
A beleza do seus suspiros
e do seu jeito de abrir os olhos
acabaram-se naquela mesma
manhã
sem pausa
               e sem conversa
Os trovões da última noite
permaneceram sob os lençóis
e se romperam em silêncio
libertando apenas o som
de nossas respirações
pelo resto do
                   dia

















[junior ferreira]

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