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Tento imaginar um jeito
de lidar com os escombros
Traço linhas sobre o perfil de quem tanto me surpreende
A falta de tempo me surpreende
A sua intolerancia ao esquecimento
e ao afeto - ja não existente - não me extasiam mais
Tenho que o medo
é como a onda
que por sua vez me alcança em intensa ou baixa energia
As ondas vêm com o humor
guardadas em caixinhas
Algumas delas ainda estão embaixo da minha cama
esperando serem abertas
outras já não quero abrir
Ignoro a sua existência
Contudo, se ignoro, me torno ainda mais controverso
por escrever algum fato que venha de sua vida
ou nossa
ou nada
[junior ferreira]
a gente nunca sabe muito bem como lidar com os escombros, ou os aceitamos e nos perdemos neles, ou logo pensamos em eliminá-los.
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