quarta-feira, 19 de janeiro de 2011











Existe um amor natural cravado em certas coisas, nos retratos existe.
Enquanto folheio as páginas, lembranças dos cinco anos de idade - a época em que vovó era viva. Lembranças dos amigos que foram apagando-se com o tempo em duas páginas seguidas - cheias de sorriso, detalhes daquele dia na casa de praia - apenas lembranças.
São nos retratos que me perco, nestes que às vezes lembro de como eu era.
E vendo minha mãe chorar ao ver os sorrisos da minha irmã, posso dizer que os retratos mantém algo além de reminiscências.
A saudade de ter quem amamos por perto está também nos retratos.






















[junior ferreira]

4 comentários:

  1. Wallace Stevens, estou encantado por ele! Vindo aqui ler sua sensibilidade tbém a flor da pele!
    Abçs e paz!

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  2. Todos nós temos momentos puros de sensibilidade em que nada nos perturba.

    Não feche as páginas, rasgue-as e coloque-as num lugar sempre visível para que aquelas pessoas o acompanhem a toda a hora.

    É normal as recordações se irem apagando, no entanto cabe-nos a nós deixar tudo bem dentro do nosso peito.

    Um abraço.

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  3. Sim. Os retratos paralisam o tempo, imortalizam pessoas.

    Eu gosto de retratos, às vezes eles me sacodem, para que eu acorde. Às vezes, eles me silenciam ou falam por demais. E noutras, mostram-me se o presente está bom, sobrancelhas bem delineadas, roupa bem talhada no corpo, pouco riso, pouco cuidado, certezas de que mudanças são necessárias, ou não.

    Beijos,

    Suzana/LILY

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  4. A saudade de quem amamos está em todos os retratos ;)

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