Existe um amor natural cravado em certas coisas, nos retratos existe.
Enquanto folheio as páginas, lembranças dos cinco anos de idade - a época em que vovó era viva. Lembranças dos amigos que foram apagando-se com o tempo em duas páginas seguidas - cheias de sorriso, detalhes daquele dia na casa de praia - apenas lembranças.
São nos retratos que me perco, nestes que às vezes lembro de como eu era.
E vendo minha mãe chorar ao ver os sorrisos da minha irmã, posso dizer que os retratos mantém algo além de reminiscências.
A saudade de ter quem amamos por perto está também nos retratos.
[junior ferreira]